18/06/2017

Avanços garantem melhor qualidade de vida para animais.


Avanços garantem melhor qualidade de vida para animais.
(Por Renata Leite | Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais).

A ampliação dos cuidados de saúde com os animais, além de mais redobrada por parte dos tutores, agora vem se modernizando com a ajuda da tecnologia e dos avanços da ciência. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais (Abinpet), o país detém aproximadamente 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos, sendo assim avaliado como a segunda maior população de animais domésticos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Com essa população em potencial crescimento, os investimentos em saúde veterinária vem tomando espaço no mercado.

Um marco desse progresso está na ortopedia animal, uma vertente significativa para a saúde, que respinga na melhoria e extensão da qualidade de vida dos nossos companheiros domésticos, que tanto amamos e queremos ver bem.

Por intermédio da ciência, contamos agora com as impressões 3D, que reproduzem a lesão fidedigna de um animal com o auxílio da imagem tirada em radiografias e ultrassons. Com isso, as imagens são impressas como protótipos tridimensionais em menos de 24 horas, o que facilita o diagnóstico e a visibilidade interna causada pela fratura. “Essa possibilidade de vermos a fratura de uma maneira mais próxima da realidade é ideal para que possamos planejar a melhor abordagem e testá-la neste objeto, especialmente em casos mais delicados e cirurgias de risco”, afirma Cassio Ricardo Auada Ferrigno, professor do curso de veterinária da Universidade de São Paulo (USP) para o portal Terra.

Outro técnica, ainda em testes, é o uso de implantes, que antes, só podia ser substituído por inteiro e, que agora, consegue reconstruir as partes do osso lesionadas através do equipamento 3D. A prótese também se adapta à anatomia animal.

O doutor com mais de 20 anos de experiência, conta que o ramo da ortopedia animal, tem sido muito explorada pelos cientistas. Desde que o método alternativo chegou ao Brasil, há quatro anos, se obteve um aproveitamento de 40% dentre os tratamentos. Faz uso dessa prática, a Universidade de São Paulo (USP), que possui uma única impressora 3D em solo brasileiro.


Em contrapartida

Por mais que se esteja em uma onda de descobertas positivas acerca da ortopedia animal entre outros avanços, se fala muito pouco sobre os diagnósticos de prevenção, como é o caso da artitre ou poliartrite autoimune, patologias dificilmente identificada e, também, as que mais atinge os animais.

Os motivos ainda são desconhecidos, mas discorre-se que, sejam causadas por algum desgaste nas articulações e, que podem desencadear outras doenças. “Dificilmente o cão ou o gato é trazido para o ortopedista logo de imediato e sim apenas quando já está mancando, porém, a ida regular ao clínico pode trazer o diagnóstico da artrite ou poliartrite. Às vezes, o animal fica mais apático, quieto e os tutores acham que é apenas uma mudança de comportamento, mas pode ser dor e quanto mais cedo ele é levado, melhor será o tratamento”, ressalta Vanessa Couto de Magalhães Ferraz, veterinária e especializada em ortopedia animal.

Com um diagnóstico mais frequente em cães, os gatos também são atingido, no entanto, são mais difíceis de serem detectados, já que os bichanos são menos agitados que os cachorros. No geral, as raças mais atingidas são as de médio e pequeno porte, a partir dos quatro aos sete anos de vida.

Infelizmente, a enfermidade não tem cura, mas pode ser tratada com sessões de fisioterapia, acupuntura e medicamentos.

Para garantir a prevenção de toda e qualquer doença animal é primordial que o tutor esteja em dia com as idas de rotina ao centro médico veterinário.