Amigos,
Quando
adotamos ou compramos um animal de estimação devemos ter a consciência de que
ele dependerá de nós até o fim de suas vidas. Porém, devido às atribulações do dia
a dia e às próprias necessidades dos animais, muitas vezes nos vemos obrigados
a deixar nossos pets com pessoas que, em geral, não temos condições de conhecer
bem, pelo menos inicialmente e, só com o tempo, poderemos descobrir se elas merecem
nossa confiança. No entanto, muitas vezes, nem o tempo pode ser suficiente para
isso, pois os animais podem dar sinais de que está acontecendo algo de errado
quando os deixamos com certas pessoas, mas não conseguimos perceber.
O que me
leva a escrever este texto é o caso revoltante (que, provavelmente, vocês já
viram) de agressões covardes praticadas contra vários cães, durante o banho, no
Pet Shop Quatro Patas, que até a última quinta-feira, 18 de outubro, funcionava
na Rua Pernambuco, no Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, como foi veiculado
pelo RJTV 1ª edição, da TV Globo, como vocês podem ver neste link.
(Um alerta: as imagens são muito fortes!
Eu mesmo não consegui ver toda a sequência). As agressões eram praticadas
pelo Daniel (vejam a foto dele ao final do texto), filho da dona do pet shop, Solange
Barroso, com sua conivência. O pet shop, pelo que foi divulgado em algumas reportagens,
não teria o alvará (logo, seria clandestino), e, pela pressão de donos de cães
e defensores dos animais, revoltados com as imagens, o próprio dono do imóvel
onde ele funcionava rescindiu o contrato de locação. Daniel e Solange
responderão a processo, de acordo com o Artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais. No entanto, nada impede que, depois de
algum tempo, e estas barbaridades cometidas contra aqueles cães fiquem
esquecidas, eles abram outro pet shop em outro local. Por isso, é importante
que divulguemos ao máximo estas imagens para que, tanto o Daniel, quanto a sua
mãe, nunca mais consigam exercer nenhuma
atividade relacionada a animais, pois não têm capacidade e condições éticas,
morais e psicológicas para isso!
Amigos, infelizmente,
este é só um caso e, com certeza, outros tantos iguais ou piores existem. Por
isso devemos nos cercar de todos os cuidados possíveis para diferenciar os
profissionais sérios de pessoas quem nem podem ser chamadas de profissionais ao
deixar nossos animais, que amamos tanto, sob seus cuidados, seja em pet shops,
hospedagens, clínicas veterinárias, adestradores ou qualquer um que se disponha
a prestar serviços para animais, para tentar evitar que estas situações se
repitam.
Alguns
cuidados que devemos ter, além do mais óbvio, que é tentar obter referências da
pessoa com quem vamos deixar nossos animais, e sinais que os animais podem
apresentar quando são vítimas de maus-tratos ou agressões, podem ser vistos na
entrevista do RJTV, no segundo vídeo desta matéria,
com a Médica Veterinária Rita Paixão, do Conselho Federal de Medicina
Veterinária, e que listo a seguir.
Cuidados quando deixar o animal em
algum lugar ou sob os cuidados de terceiros:
- Procurar
conhecer a pessoa e tentar saber se ela tem uma formação adequada;
- Observar
a forma como ela aborda o animal;
- Observar
como o animal reage na frente dela;
- Procurar
saber se o estabelecimento tem um responsável técnico. Existe uma norma que
exige que estes estabelecimentos tenham um médico veterinário como responsável
técnico;
- Dar
preferência a estabelecimentos onde o local de banho fique visível para os
donos.
Sinais apresentados por animais
vítimas de maus-tratos ou agressões:
- Ocorrência
de lesões;
- Medo;
- O animal
demonstra não querer ficar no ambiente;
- Quando
volta para casa, o animal mostra-se deprimido, fica se escondendo, sem querer
se alimentar, ou com alguma alteração do seu comportamento normal. Por exemplo:
o animal que era brincalhão não brinca, o animal calmo mostra-se agressivo (porque
a agressão é uma forma do animal reagir ao medo) etc;
- O animal
pode sofrer, além dos danos físicos, danos psicológicos: tornar-se medroso,
agressivo, não reagir bem socialmente, não conviver bem com as pessoas,
demonstrar não querer voltar a esse ambiente.
Daniel, o agressor dos cães |