Como
Denunciar: Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro: Tel.: 2576-7281
Ambiente perigoso para cães
Conselho constata que pet shops, veterinárias e
hotéis expõem animais a riscos.
Angélica Fernandes
Rio - Um pet
shop que não deixa à mostra o local de banho e tosa, um hotel para animais que
enjaula cães de portes diferentes numa mesma gaiola e um consultório
veterinário que faz procedimentos cirúrgicos clandestinamente.
Estes são apenas
exemplos do que os fiscais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do
Estado do Rio encaram pelas ruas. Nos últimos três anos, o órgão notificou mais
de 1.600 estabelecimentos.
O alto número, no
entanto, ainda não é compatível com a meta do conselho, já que, segundo ele, a
população precisa denunciar mais.
No ano passado, 616
infrações foram emitidas. Entretanto, segundo o presidente do órgão, Cícero
Pitombo, as reclamações que chegam à ouvidoria são poucas.
Em 2012, apenas 47
denúncias foram registradas e muitas partiram dos próprios veterinários. “A
população precisa colaborar mais”, cobra Pitombo, que vê nos estabelecimentos
clandestinos o maior desafio.
“Tem muita gente
que abre um pet shop ou um consultório e não registra. Isso oferece riscos não
só ao consumidor, mas aos animais”, conclui. O registro é o certificado de
regularidade técnica, obrigatório por lei em qualquer estabelecimento que tenha
animais. O documento, que deve ficar exposto, atesta o acompanhamento frequente
de um veterinário no local.
Contra
estabelecimentos clandestinos, o conselho desenvolveu um método simples, mas
que só no ano passado, foi responsável pela metade das novas visitas. “Uma
equipe faz pesquisas frequentes no Google atrás de serviços veterinários.
Procuramos por pet shop, hotel para cães, clínicas, o que tiver. Checamos tudo
no sistema, se algum deles não tiver registro, vai direto para lista de visita
dos fiscais”, explica Pitombo.
Justiça
dá desfecho a caso que chocou o país no dia 25
Um caso que chocou
o país no ano passado terá seu desfecho no próximo dia 25, quando a Justiça
ouvirá os donos da pet shop Quatro Patas, no Engenho de Dentro, indiciados pelo
Ministério Público Estadual por maus tratos aos animais.
Solange Barroso e
seu filho, Daniel Henriques Barroso, apareceram em imagens divulgadas em
outubro de 2012 agredindo cães no banho.
Em uma das cenas,
Daniel bate com uma garrafa no focinho de um cachorro de médio porte. O vídeo
ganhou repercussão internacional. Mãe e filho podem pegar até 14 anos de prisão
pelo crime.
O pet shop
funcionava irregularmente, já que não era registrado no Conselho de
Veterinária. A prefeitura suspendeu o alvará de licenciamento do
estabelecimento. A loja permanece fechada.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária
listou dicas para os donos de animais. Se
as condições do estabelecimento estiverem fora destes padrões, a ouvidoria do
órgão deve ser acionada pelo telefone
2576-7281.
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Pet shop
Procure pelo
certificado de registro profissional e peça para falar com o veterinário antes
de deixar seu animal no estabelecimento.
O local do banho e
tosa deve ser como um aquário, para quem está de fora ver o trabalho dos
tosadores. Na fila de espera, é preciso ter espaços diferentes para cada porte.
O cão não pode ficar com gato. Ou cão pequeno com grande (vale para hotéis,
clínicas e consultórios também).
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Banho
A água do banho
pode ser checada pelo dono do animal. Ela deve estar em temperatura ambiente.
Os animais que estiverem à venda não podem ficar em gaiolas superlotadas. No
pet shop, nenhum serviço de saúde pode ser prestado.
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Hotel
É obrigatória a
permanência de um veterinário em tempo integral. Comida e água devem ficar
acessíveis e tem que haver banho de sol para os bichos. Não é aconselhado que o
estabelecimento tenha piscina para reduzir riscos. Observe onde são descartados
os resíduos sólidos (fezes ou pelos). Estes não podem ficar no mesmo ambiente
dos animais.