Cuidado
em dobro com os pets no inverno
O inverno
chegou chegando. Logo nos primeiros dias já tivemos temperaturas lá embaixo.
Mesmo o Brasil não sendo um país muito frio, temos que ter atenção redobrada
com os pets nessa estação do ano. Imaginamos que os cães e gatos não sintam
frio por serem cobertos de pelos, né, mas isso não é uma verdade. Eles oferecem
certa proteção, mas em alguns casos isto não é suficiente. Essa proteção varia
de acordo com a raça, o ambiente no qual vivem e outros fatores. E nunca é
demais lembrar: animais que vivem em ambiente externo devem estar protegidos do
vento e da chuva. E mais: manter os pets bem quentinhos e protegidos é o melhor
remédio nesse frio e ir com frequência ao veterinário e procurar o profissional
ao sinal de qualquer problema é o que vai garantir uma vida saudável ao seu
peludo. As dicas de cuidados com os peludos que vou dar aqui são da Carla
Storino Bernardes, veterinária da rede de lojas Cobasi.
DOENÇAS
Existem
doenças que são mais típicas no inverno. Em cães é a traqueobronquite,
conhecida como gripe canina ou tosse dos canis. Os principais sintomas são
febre, tosse persistente, coriza e espirros. Ela pode ser prevenida com vacina,
que deve ser incorporada ao calendário anual de vacinação do seu peludo. Já no
gatos, o problema frequente no frio é a rinotraqueíte. Os sintomas são secreção
nasal e ocular, dificuldade de respirar, febre e desidratação. A prevenção do
problema também é feita por meio de vacina. E claro: o tratamento tanto nos
cães quanto nos gatos seve ser recomendado pelo médico-veterinário.
FILHOTES E
IDOSOS
Se os
nossos pets saudáveis e jovens precisam de cuidados especiais no inverno
imaginem os filhotes e idosos! No caso dos filhotes, eles ainda são muito
frágeis, não tomaram todas as vacinas e podem desenvolver problemas no frio se
não forem devidamente cuidados. Já os idosos é o contrário. Alguns, devido à
idade, podem já ter alguma doença que se agrava nas baixas temperaturas. Os
pets de até aproximadamente 3 meses de idade não conseguem manter a temperatura
do corpo e perdem calor com facilidade, por isso dependem do abrigo e da
alimentação oferecida para manter o calor. Isso significa que você deve manter
o filhote em local protegido, confinado e aquecido. Já os idosos apresentam uma
peculiaridade nessa época do ano. É que no inverno eles podem apresentar
patologias relacionadas à ortopedia e, em temperaturas mais baixas, as dores
aumentam em animais que já têm doenças articulares. Além disso, é importante
ficar atento ao calendário de vacinação do peludo, pois os animais idosos
costumam ficar mais suscetíveis às doenças.
BANHO E
ALIMENTAÇÃO
A gente
sabe como é difícil tomar banho no inverno, né. Eu morro de frio. E com os
nossos pets não é diferente. Só que, no caso dos peludos a tendência é diminuir
a frequência do banho e da tosa no inverno, ao contrário de nós que temos que
tomar banho todos os dias. Secar muito bem os pelos depois do banho é
fundamental, por eles atuam como uma barreira de proteção natural dos animais
para troca de calor com o ambiente. Isso também ajuda a evitar problemas de
pele. No frio, o ideal é dar banho no pet em ambiente fechado e com água morna
e, claro, e não deixá-lo exposto ao vento depois. A veterinária recomenda ainda
usar cobertas para não ocorrer hipotermia. Outra dúvida comum no inverno é se
os animais precisam comer mais. Carla explica que a alimentação do animal não
deve ter alteração nessa estação do ano, a não ser que o animal viva fora de
casa, num ambiente externo. Nesse caso, a quantidade de ração deve ser 20%
maior que o dado normalmente porque ele vai queimar mais gordura para se
aquecer.
ACESSÓRIOS
Vestir ou
não os pets no inverno? Depende. Lá em casa não uso roupa nos meus porque eles
não gostam mas, claro, estão sempre quentinhos e bem cuidados. Geralmente raças
de pelo curto sentem mais necessidades de roupinhas, como o Chihuahua; Basset
Hound; Beagle; Boxer; Bulldog. Mas os animais de pelo longo também podem se
vestir e as roupas feitas de malha, soft e matelassê são as recomendadas. Já o
modelo fica a critério do tutor levando sempre em conta o conforto e segurança
do seu pet. E o ideal é que a roupa seja retirada com uma certa frequência para
evitar problemas de pele. Ficar de vez em quando sem ela também é bom para que
o animal seja escovado evitando que o pelo dê nó. E, claro, é importante lavar
sempre as roupinhas. E a frequência disso vai depender do local onde o animal
vive. Os pets que ficam dentro de casa tendem a manter as roupas mais limpas,
ao contrário do vivem em ambientes externos. O mesmo é recomendado para as mantas,
cobertores e caminhas.