03/02/2017

Você acha natural seu filhote rosnar para você?!


Vocês acham natural que seus filhotes rosnem pra vocês quando querem atingir um objetivo, como impedir que vocês tirem deles algo com o que não deveriam brincar, afastá-los da sua comida ou do cantinho onde querem descansar, interromper uma brincadeira ou até carinho que possa estar lhes incomodando, ou conseguir algo que queiram?

Muitos donos acham! Muitos acham fofo e, até, muitas vezes, é engraçadinho, principalmente quando o filhote ainda é muito pequeno e o rosnar parece um ronronar. Mas isso NÃO É LEGAL!

Entendam:

Sempre que o cachorro consegue atingir um objetivo, isso reforça o comportamento. Se este comportamento for desagradável para o dono ou prejudicial a ele ou ao próprio cachorro (como pegar objetos com os quais ele possa se ferir ou intoxicar), o risco relativo a ele tem se tornará cada vez maior, pois o cachorro tenderá a repeti-lo cada vez mais e, cada vez, será mais difícil para o dono inibi-lo. É o que acontece, por exemplo, quando o cão rosna para o dono em algumas das situações como as citadas acima. E, se não bastasse a auto-recompensa do cachorro por ter obtido sucesso no seu intuito, dependendo do porte dele, o seu tamanho pode se tornar um fator para dificultar para o dono interrompê-lo.

O que fazer, então?! Bater no cachorro cada vez que ele rosnar?!

NÃO! NUNCA SE DEVE BATER NO CACHORRO! O animal que apanha só pode aprender a se tornar medroso ou agressivo!
Porém, você não deve dar sinais para o seu cachorro que morder é legal, como rir se achar bonitinho ou tentar convencê-lo disso batendo um longo papo, o que ele poderá interpretar como atenção, o que reforçará o comportamento! Você deve fazê-lo fracassar no seu objetivo de lhe afastar, ou interromper algo que você vai fazer, rosnando! Apenas continue com o que você fosse fazer! O que você não pode é não tomar nenhuma atitude e deixar o cachorro manter este comportamento! E, se não estiver sabendo lidar com a situação, procure um Adestrador, que vai lhe orientar sobre o que fazer!

Um abraço,


Reginaldo Ribeiro.

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