23/12/2011

Agressão a animais: um indício de violência doméstica contra a família.



Amigos,

O Natal é uma boa época para reflexões. Pensar nAquele que veio para nos salvar, cujo aniversário se comemora nesta data, e nos conceitos de amor e respeito ao próximo (no sentido mais amplo da palavra, os outros seres vivos, como os animais) pode ser uma boa forma de revermos nossas atitudes e como nós os tratamos. Por isso quero lhes convidar para ler este profundo artigo sobre a violência contra animais e como ela pode ser um indício, também, de violência doméstica, publicado hoje no site da WSPA.

Um Feliz Natal a todos e suas famílias.

Reginaldo.



Nas últimas semanas, uma série de casos de crueldade e maus-tratos contra animais ganharam destaque na mídia e aumentaram no público o sentimento de indignação e impunidade.

No último dia 16/12, a situação no Brasil pareceu ter chegado ao limite após imagens chocantes de agressão contra um cão da raça Yorkshire por uma enfermeira na cidade de Formosa-GO caírem na rede e se espalharem rapidamente entre os meios de comunicação.

Desta vez, havia ainda outro fato agravante: uma criança de aproximadamente três anos de idade, filha da enfermeira, presenciava boa parte das agressões ao cão, que morreu após os ataques da própria dona.

A preocupação, neste caso, além do ato de crueldade extrema contra o animal, passou a recair também sobre a menor de idade. E não poderia ser diferente: estudos já realizados em diversos países comprovam que, nos lares onde há violência doméstica, o abuso e a violência contra animais de companhia costuma ser a primeira ação utilizada pelo agressor para exercer o controle sobre os outros membros da família.

Assim, a violência contra animais de estimação pode se mostrar um grande indício de possíveis maus-tratos, abuso infantil (físico e/ou sexual), ou abuso de idosos dentro de um lar. Segundo estatísticas da Humane Society International (HSI), 88% dos animais que vivem em famílias com violência doméstica, são abusados, violentados ou mortos. De todas as pessoas que fogem de casa devido a algum tipo de violência ou abuso doméstico, aproximadamente 60% tiveram um animal de estimação morto por seu agressor. Além disso, muitos são os casos comprovados de assassinos em série - ou “serial killers” - que iniciaram seus históricos de crimes hediondos agredindo animais de estimação.

Mas, infelizmente, no Brasil, a relação entre a violência doméstica de mulheres, crianças e idosos e a violência contra animais ainda é menosprezada por boa parte das autoridades policiais. O trabalho de “investigação” dos primeiros indícios de agressões contra animais pode e deve ser exercido por pessoas da convivência daquelas que possuem animais. Caso as suspeitas de crueldade ou negligência sejam confirmadas, deve- se denunciar o agressor o quanto antes. A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12.02.1998 (Lei de Crimes Ambientais), artigo 29 do Decreto 6514/2008 e pela Constituição Federal Brasileira de 1988.

Um papel importantíssimo nestes casos tem sido o do médico veterinário: muitos já estão aprendendo a procurar por sinais suspeitos nos animais de estimação, como o fato de nenhum animal atingir dois anos de idade em uma casa onde vivem muitos deles; ou, ainda, outros mais óbvios, como lesões que não condizem com a história contada pelo dono (as chamadas “lesões não-acidentais, como marcas de cigarro, fraturas recorrentes em um mesmo local, hematomas, etc.).

Lembrando que é preciso sempre seguir os princípios básicos da Guarda Responsável. Cuidar de um animal de estimação requer dedicação integral, paciência, tempo, dinheiro... Por isso, a decisão de adquirir um amiguinho deve ser bem pensada e aprovada por todos os membros da família. Os animais soltam pelo, latem, brincam e fazem travessuras, principalmente quando filhotes. É preciso socializá-lo durante a infância e educá-lo, seguindo as práticas corretas de manejo etológico para que haja uma boa convivência com as outras pessoas e animais, e em hipótese alguma utilizar a violência contra eles.

Este é um bom momento para repensarmos e discutirmos novas ferramentas para coibir as aquisições ou compras de animais por impulso, principalmente quando envolve pessoas despreparadas para cuidar corretamente de um ser vivo e senciente. Na Suíça, por exemplo, desde 2008, quem deseja adquirir um animal de estimação realiza um exame e passa por um teste prático, para saber se está apto físico e psicologicamente a cuidar de um animal de estimação – exigências estas que fazem parte de uma lei local de proteção aos animais.

Enquanto não contarmos no Brasil com a certeza da punibilidade dos agressores e da garantia de eficácia das leis vigentes para prevenir e punir maus-tratos devidamente, cabe você, antes de adquirir um animalzinho, pensar bem: estou mesmo preparado para cuidar de um animalzinho de estimação para o resto da vida?

*Rosangela Ribeiro (Gerente de Programas Veterinários WSPA)

04/12/2011

WSPA Lança Manual da Leishmaniose Visceral Canina



Amigos,

A WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal) lançou um manual online sobre a Leishmaniose Visceral Canina, com dicas de prevenção, controle, diagnóstico e tratamento. Apesar de ser, a princípio, destinado aos médicos veterinários, este manual também contém informações úteis para os leigos, que permite que todos conheçam melhor a doença. Vocês podem acessá-lo neste endereço:  http://issuu.com/wspa_brasil/docs/manual-leishmaniose-wspa-brasil-2011_issu#download 

Aproveito para sugerir a vocês a leitura de um artigo da ARCA Brasil, que já havia reproduzido aqui no blog, sobre a Leishmaniose e o extermínio de cães no Brasil, injustamente, por falta de informação e de uma política errada do governo com relação a ela, que vocês encontram aqui.

Um abraço e bom domingo,

Reginaldo.

27/11/2011

Abrigos de Cães e Gatos Serão Cadastrados Pela SEPDA do Rio de Janeiro


Amigos,

Estou divulgando esta ótima notícia para os protetores de animais do Rio de Janeiro, conforme foi divulgado no Jornal O Globo esta semana. Mesmo quem não for protetor ou fizer parte de ONGs de proteção animal, poderá ajudá-los divulgado-a.

Um abraço,

Reginaldo.


Abrigos de Cães e Gatos Serão Cadastrados Pela SEPDA do Rio de Janeiro


Uma boa notícia para os protetores e diretores de ONGs: a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais está cadastrando os abrigos de cães e gatos do município do Rio de Janeiro e vai passar a oferecer a estas instituições transporte para a realização de cirurgias de esterilização de animais no Centro Cirúrgico mais próximo do abrigo. É possível obter mais informações pelos telefones 3402-0388 ou 2273-2816. Ou pelo e-mail sepda@pcrj.rj.gov.br. 

A Sepda informa que o responsável pelo abrigo deverá preencher um formulário e entregar no Centro de Proteção Animal, na Fazenda Modelo (Estrada da Matriz4445, em Guaratiba) ou na representação da Sepda na prefeitura ( Rua Afonso Cavalcanti, 455/ sala 348 Cidade Nova).

Fonte:
http://oglobo.globo.com/blogs/rio/posts/2011/11/24/abrigos-de-caes-gatos-serao-cadastrados-418337.asp 

21/11/2011

Animais da população carente terão atendimento veterinário gratuito no Rio de Janeiro


Amigos,

Estou divulgando esta notícia muito útil para as pessoas carentes e que pode ser muito boa se o governador Sérgio Cabral sancionar esta lei e se for colocada em prática como pretendido pelo seu autor.

Animais da população carente terão atendimento veterinário gratuito.

O Estado prestará atendimento veterinário gratuito a animais de famílias que tenham renda de até três salários mínimos. A iniciativa está prevista no projeto de lei 13-A/11, que cria no Rio de Janeiro o Programa de Atendimento Veterinário Gratuito aos Animais Domésticos da População Carente.
Aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) nesta quarta-feira, em segunda discussão, ele será agora submetido ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias para vetar ou sancionar o texto.

"Queremos garantir o tratamento adequado dos animais de uma parcela da sociedade que não tem como arcar com esse tipo de serviço. O projeto quer que o Estado garanta um atendimento que será, inclusive, uma importante ferramenta de Saúde Pública", diz o autor do projeto, deputado Luiz Martins (PDT).

O texto encarrega a secretaria de Defesa Civil da implantação do programa, que incluirá consultas e cirurgias. Para isso, o Estado fica autorizado a celebrar convênios e parcerias com entidades de proteção animal, universidades, estabelecimentos veterinários, empresas públicas e privadas e entidades de classe.

Fonte:

Coprofagia – O Hábito dos Cães Comerem Fezes




A coprofagia é o hábito que alguns cães têm de comer fezes. Por mais que seja desagradável para os donos, pois é natural para os humanos achar nojento, para eles é relativamente comum. Isso porque as fezes ainda apresentam nutrientes que podem ser aproveitados como alimento e, dependendo da sua composição, podem deixá-las saborosas e atrativas. Alguns cães também podem comer fezes devido a problemas orgânicos, por brincadeira, ou ainda comportamentais, geralmente provocados pelos donos.

Alguns cães podem comer fezes de outros animais por ainda apresentarem uma grande quantidade de proteínas, o que as torna mais “cheirosas” e atraentes para eles. É o que ocorre, por exemplo, com fezes de gatos. Por eles precisarem de uma ração mais rica em proteínas suas fezes têm um cheiro mais marcante. O mesmo pode acontecer com cães que comem suas próprias fezes por não conseguirem absorver bem a proteína da sua ração ou por consumirem uma ração com um teor protéico maior do que necessitam. Por isso é necessário que cães que apresentam este tipo de problema passem por uma avaliação com seu veterinário. A consulta com o veterinário também se torna fundamental porque outras duas possíveis causas para um cão comer fezes são uma deficiência nutricional ou verminoses. Se o cão não apresentar problemas orgânicos ou nutricionais, o uso de produtos anti-coprofágicos, ministrados a ele e que deixam as fezes com um sabor desagradável ou a aplicação de alguns produtos repelentes diretamente sobre as fezes pode ser suficiente para resolver o problema, se este não tiver uma causa comportamental.
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Cães que não possuem brinquedos ou que não são estimulados a brincar com os que são oferecidos pelos donos podem brincar com as fezes como forma de se ocupar e acabar comendo parte delas. Se o cão fica confinado em um espaço muito pequeno próximo às fezes ou se fica muito tempo sozinho a chance disso acontecer aumenta muito. Assim, o ideal é que os donos ofereçam brinquedos aos cães e os estimulem a brincar com eles, dando-lhe atenção e brincando com eles sempre que se interessarem por eles. Também se deve procurar evitar que o local onde o cão faz as necessidades seja próximo ao onde ele se alimenta e descansa.

Muitos cães desenvolvem a coprofagia devido a problemas de comportamento como ansiedade, por ficar muito tempo sozinhos ou por causa de broncas.  Assim, procure aumentar a atividade física do seu cão com brincadeiras e passeios. Se precisar deixá-lo muito tempo sozinho, evite aumentar sua ansiedade devido à sua ausência não se despedindo dele e nem falando com ele logo que chegar, enquanto ele ainda estiver excitado com a sua volta. Procure também premiá-lo com atenção quando ele tomar a iniciativa de brincar sozinho. Evite dar broncas se ele evacuar fora do local correto. Neste caso ele pode passar a comer as fezes para escondê-las de você e não levar bronca. Alguns cães muito carentes ou que tem pouca atenção do dono podem fazê-lo também exatamente porque a bronca é uma forma de obterem atenção. Como uma das formas de os cães aprenderem é por observação e imitação, evite limpar as fezes na frente deles, pois, para lhe imitar, eles podem comê-las para se livrar delas.

Algumas raças, como Lhasa-Apso e Shih-Tzu, tem uma propensão genética para a coprofagia.

09/10/2011

Preparando o Cão Para a Chegada do Bebê


Amigos,

Um momento delicado da vida de um cão é o da chegada de um novo membro à família, seja um novo animal (outro cão ou um gato) ou um bebê. Em ambos os casos a tendência é que o cão (cães) que já faz parte da família perca parte da atenção que tinha, inclusive pela necessidade dos donos terem que dividir seu tempo entre ele e o novo membro. Esta necessidade se torna muito maior com a chegada de um bebê.

Esta redução da atenção dos donos e, muitas vezes, a redução do espaço físico que o cão tem disponível acarreta sofrimento a ele. Isto ocorre tanto por o cão perder o que é mais importante na vida para ele, que é a atenção dos donos, como por ficar inseguro quanto à sua posição na matilha, inclusive, podendo temer ser expulso dela, pois ele depende do seu grupo para sobreviver, o que também pode deixá-lo muito ansioso, acarretando problemas de comportamento. Apenas para citar um exemplo, o cão pode passar a fazer coisas desagradáveis para chamar a atenção dos donos, como latir, pegar e destruir objetos que ele não costumava pegar e até urinar em lugares onde não deveria (mesmo já tendo aprendido a fazer as necessidades no lugar certo), pois, para ele, mesmo as broncas que pode levar nessas situações podem servir como atenção.

Assim, para evitar o sofrimento do cão e estes possíveis problemas de comportamento, ele deve começar a ser preparado para perder parte da atenção que tem antes da chegada do novo animal ou do bebê para não associá-la a ele e, assim, não desenvolver ciúmes e aprender a não gostar dele. 

A melhor forma de fazer isso é de modo gradual, pois mudanças repentinas na rotina de um cão tendem a deixá-lo mais estressado (inclusive já falei sobre isso quando escrevi aqui sobre a volta do dono ao trabalho depois das férias). Comece a reduzir um pouco a atenção dada ao seu cão, não atendendo-o sempre ou de imediato (o que é importante, inclusive, para a conquista da liderança da matilha), para começar a acostumá-lo a pequenas frustrações e a entender que você não poderá atendê-lo sempre ou na hora que ele quiser. Comece a reduzir também, caso seja necessário, o espaço destinado a ele. Por exemplo, em geral, o casal coloca o berço do bebê no seu quarto. Se o seu cão está habituado a entrar nele e passar a ser proibido de fazê-lo após a chegada do bebê, ele vai associar a proibição a ele e isso será um motivo para não gostar dele. Por isso, passe a proibir a entrada do seu cão nele antes do nascimento.

Uma outra coisa importante que deve ser feita são associações agradáveis para o cão com a presença do bebê. Quando o bebê estiver perto dele, procurem dar bastante atenção para o seu cão, brinquem com ele, dêem carinho e petiscos. A própria pessoa pode fazer isso ou dividir esta tarefa com outra, o que é mais fácil. O importante é que o cão aprenda que é bom ter o bebê por perto. Já, se vocês derem atenção ao seu cão apenas na ausência do bebê, ele vai entender que a presença dele não é legal. O raciocínio que seu cão fará é simples: “quando aquele “cachorrinho novo” está perto eu perco atenção; quando ele está longe eu ganho. Por isso é ruim quando ele está perto e legal é quando ele está longe. Então eu não gosto dele!” O ideal, inclusive, é vocês começarem a agradar muito o seu cão assim que o bebê começar a se aproximar. Citando um exemplo concreto, como eu faço com meus clientes, foi assim que eu e minha irmã fizemos quando ela veio visitar a mim e às nossas cadelas quando ela veio aqui em casa a primeira vez com minha sobrinha recém-nascida e fazemos sempre. O resultado é que, das minhas cinco peludas, três ficam extremamente interessadas nela, querendo interagir (uma delas, inclusive, já está se tornando a “babá” peluda dela) e as outras duas mais reservadas ficam tranqüilas, sem demonstrar ciúmes.

Para finalizar, gostaria que vocês pensassem que a chegada de um bebê não deve significar que vocês têm que se livrar do seu cão ou outro pet. Um animal saudável, para o que bastam cuidados básicos com a saúde dele e visitas periódicas ao veterinário, pode conviver perfeitamente com um bebê, desde que tomados esses cuidados para que eles interajam de forma saudável. Vocês vão acabar curtindo muito e dando boas risadas vendo seu bebê humano brincando com suas crianças peludas.

Um abraço e boa semana a todos.

Reginaldo.

Dia das Crianças Vem Aí! Mas bicho não é brinquedo!




O Dia das Crianças vem aí! Porém, amigos, não se esqueçam de que animais não são brinquedos!

Se vocês pensam em dar um animal de estimação de presente no dia, não se esqueçam de que uma criança ou mesmo um adolescente não tem maturidade e condições de ministrar todos os cuidados de que um animal precisa. O mundo de uma criança ou adolescente tem muitas coisas muito mais interessantes do que ficar cuidando de um cão. Serão vocês que terão que alimentá-lo, limpar suas sujeiras, cuidar da sua saúde, na maioria das vezes levar o cão para passear e zelar pela sua integridade física, pois crianças, mesmo sem querer, podem machucar seu animal de estimação e criar problemas de comportamento, como ele se tornar medroso ou agressivo, o que pode tornar a convivência muito difícil ou impossível!

O convívio entre crianças e animais é muito saudável! Mas desde que ocorra de forma responsável e com a supervisão dos adultos! Por isso, pensem bem antes de dar um animal de estimação de presente no Dia das Crianças! Não se esqueçam: o presente é da criança, mas a responsabilidade é sua! Muitos animais são abandonados porque a criança se cansa rapidamente do brinquedo novo ou quando os pais se dão conta de que serão eles que terão que cuidar do cão! Pensem nisso, ok?

Um abraço,

Reginaldo.

24/09/2011

O Fim das Touradas na Catalunha e da Matança de Cães em Festival na China.


Amigos, 

Li há pouco duas ótimas notícias para quem ama animais, especialmente os cães: o decreto do fim das touradas na região da Catalunha, na Espanha, e do inominável, cruel, covarde massacre de cães em um festival  gastronômico anual na China. Reproduzo, a seguir, as duas notícias, com suas respectivas fontes.

Um abraço,

Reginaldo.



Parlamento aprova fim das touradas na Catalunha

Decisão foi festejada por entidades de defesa dos animais. Proibição passa a valer em 2012

Espanha - O Parlamento catalão aprovou ontem o decreto de proteção dos animais, que implica a proibição das touradas na região. A decisão, que teve 68 votos a favor, 55 contra e 9 abstenções entra em vigor em 2012. 

“É uma vitória da democracia sobre os lobbies taurinos. Uma vitória da dignidade sobre a crueldade. A tourada é de um sadismo incrível”, comemorou a atriz francesa Brigitte Bardot, famosa por sua defesa dos direitos dos animais.

O parlamento regional catalão decidiu aprovar uma Iniciativa Legislativa Popular apresentada em dezembro passado pelos opositores das touradas, que consideram essa prática uma barbárie, convertendo-se na segunda região espanhola a proibir sua realização depois das Ilhas Canárias, em 1991.

O debate ganhou as ruas. Os admiradores das touradas defendiam uma tradição cultural enquanto que os adversários reclamavam o fim da tortura contra os animais. 


http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/7/parlamento_aprova_fim_das_touradas_na_catalunha_99499.html


Acabou a Matança de Cães em Festival na China.

Todos os anos dia 18 de outubro milhares de chineses viajam para Jinhua, cidade situada na provincia de Zhejiang, para participar de um festival gastronômico peculiar: matar e comer cachorros.

Cerca de 10 mil animais são oferecidos aos gourmets que escolhem também a maneira como vão matá-los: esfaqueados, estrangulados ou à paulada. Depois, são assados, ensopados ou grelhados e consumidos na rua mesmo.

Este festival,que dura tres dias, foi inventado durante a dinastia Ming para comemorar vitórias militares. Nos anos 80 transformou-se numa feira comercial e gastronômica muito apreciada. Mas desde o surgimento das redes sociais apareceram as polêmicas e a enxurrada de críticas no Weibo, o Twitter chinês, acabou com a festa. Mais de 500 mil mensagens circularam pela Internet exigindo que acabasse o suplício dos cães. Sempre atentas aos humores da opinião publica, as autoridades chinesas interditaram esta semana o festival que deveria se realizar dentro de algumas semanas, para o desconsôlo dos que apreciam a carne canina.


http://oglobo.globo.com/blogs/lafora/posts/2011/09/24/acabou-comilanca-407337.asp

17/09/2011

Ensinando o Cão a Fazer as Necessidades no Lugar Certo




Para que o cão aprenda a fazer as necessidades no lugar certo, primeiramente vocês devem apresentar este lugar a ele. O lugar escolhido não pode ser associado a coisas negativas, como broncas ou castigo; ele deve fazer associações positivas, como petiscos, carinhos e brincadeiras. Por isso, não caiam na tentação de prender seu cão lá para que ele faça as necessidades. Ele pode até vir a fazer, por não agüentar mais segurar, depois de várias horas. Porém, isso pode levar muito mais tempo do que vocês podem imaginar, representando um grande sofrimento para ele. Além do que, sempre que ele tiver oportunidade de fazer em outro lugar, não será no escolhido por vocês que ele fará. Contando um exemplo pessoal, minha segunda cadelinha (a que está no meu logotipo), que foi adotada por mim e minha irmã há muitos anos, quando eu nem sonhava em adestrar, tinha um grande trauma de fogos devido a maus-tratos dos primeiros donos. Como ela só fazia as necessidades na rua, em dias de muito barulho de fogos, como Natal e Ano Novo, ela chegava a ficar 18 horas sem urinar ou evacuar, pelo pânico que ela tinha deles e não conseguia relaxar para fazê-las.

Outro erro muito comum cometido pelos donos é dar bronca no cão quando ele faz as necessidades no lugar errado, muitas vezes em lugares muito desagradáveis para eles, como em cima de tapetes ou até do sofá ou camas. Eu sei que não é fácil ver o tapete novo ou recém-limpo ser evacuado ou urinado, ou seu piso de madeira começar a ficar impregnado com o cheiro de urina. Reconheço que não é fácil chegar em casa e encontrar o sofá encharcado de urina. Porém, as broncas de nada adiantam e só pioram a situação. Em primeiro lugar, se o cachorro tiver urinado no lugar errado na ausência do dono, até que ele chegue em casa, certamente ele já terá feito várias outras coisas e não fará a menor idéia de porque está levando a bronca. Se a bronca é dada no ato, seu cão pode interpretá-la de duas formas: como atenção e, por isso, sempre fará as necessidades naquele lugar para voltar a recebê-la ou, se reconhecer como bronca, nunca fará na frente do dono; apenas na sua ausência, pois quando ele não está vendo não acontece nada. Se, para ensinarmos ao cão a fazer as necessidades no lugar que escolhemos precisamos levá-lo até lá para recompensá-lo e ele entender que aquele é o local correto, será impossível conseguirmos fazer isso pois ele nunca fará na nossa frente com medo das broncas.

Assim, o melhor a fazer é, nos primeiros dias do cão na casa, independentemente de ser filhote ou adulto, procurar observá-lo sempre que possível para, assim que ele der sinal que vai urinar ou evacuar, levá-lo para o lugar apropriado, com muita tranquilidade, sem passar tensão para ele (o que dificultará que ele faça por não conseguir relaxar e, assim, não relaxar os esfíncteres da uretra e do ânus), esperá-lo fazer uma coisa ou outra, ou ambas, e premiá-lo com petiscos, fazendo muita festa, para que ele entenda que você ficou muito feliz por isso. Há cães que, depois que entendem isso, vão sozinhos para o lugar certo fazer as necessidades e depois vem pedir seu prêmio, como fazem a Maria e a Lola, duas clientes minhas, que vocês podem ver nas fotos. E não pensem que é uma tarefa muito difícil. Fazendo tudo da forma correta, seguindo direito as orientações do adestrador e, principalmente, mantendo a calma, com carinho e dedicação ao seu cão ele pode aprender rapidamente. Novamente ilustrando com um exemplo real, os donos do Cascão, um Terrier Brasileiro que comecei a adestrar com menos de 50 dias, conseguiram ensiná-lo depois da primeira aula.

Um abraço e boa sorte!

Reginaldo.

12/06/2011

Sinais Clínicos da Raiva



Boa noite, amigos.

Como muitas pessoas não conhecem todos os sinais clínicos apresentados por um cão portador de raiva, resolvi aproveitar a postagem da minha amiga e veterinária Roberta, que colabora comigo em minha comunidade de proteção animal e reproduzí-la aqui no blog, depois de uma situação difícil que passei com um cão não vacinado. E não se esqueçam: a raiva não tem cura! A única forma de vocês livrarem seu cão do risco de contraí-la é fazer a vacinação anual! Se a situação financeira não permitir a vacinação em uma clínica veterinária, não se esqueçam que existem as campanhas de vacinação públicas!

Um abraço,

Reginaldo.

Sinais Clínicos da Raiva

Os sinais são:
- Dificuldade para engolir;
- A mandíbula fica travada;
- O animal uiva;
- Tem dificuldade de locomoção;
- Salivação;
- O animal dá mordidas no ar, como se quisesse abocanhar algo invisível;
- Paralisia;
- Agressividade.

22/04/2011

Os Riscos da Intoxicação por Chocolate em Cães




Caros amigos,

Estou postando este texto devido à chegada da Páscoa e ao aumento do consumo de chocolate e, muitas vezes, ao aumento da tentação dos donos em dar, pelo menos, "pedacinhos" de chocolate aos seus cães sem saber que, mesmo uma pequena quantidade, pode ser tóxica e até letal para eles.

Um abraço e Feliz Páscoa,

Reginaldo.

Intoxicação por Chocolate em Cães

O chocolate é altamente palatável e muito atraente aos cães e freqüentemente de fácil disponibilidade o ano todo (mas principalmente na Páscoa) e comumente recebem chocolates dos donos ou roubam aqueles que ficam acessíveis.

O chocolate é constituído por carboidratos, lipídios, aminas biogênicas, neuropeptídeos e metilxantinas (teobromina e cafeína).

São justamente as metilxantinas os maiores causadores de intoxicação em cães. A quantidade de teobromina varia de acordo com o tipo de chocolate. Quanto mais matéria lipídica possuir, menor será o teor de teobromina, como por exemplo, os chocolates brancos, que não oferecem tanto risco de intoxicação para os cães. Quanto mais escuro, “puro e concentrado”, for o chocolate, mais teobromina possui e conseqüentemente maior o risco de intoxicação. Assim sendo o chocolate amargo, utilizado em confeitarias para fazer doces é o que oferece maior risco de intoxicação, pois possui em torno de 1,35% de teobromina. No chocolate branco esse teor gira em torno de 0,005%.

A dose tóxica para cães é em torno de 100-150 mg por kg de peso e a dose letal situa-se entre 250-500 mg por kg de peso. Se um cão de 2,2 kg de peso ingerir uma dose de 113,4 gramas de chocolate ao leite, essa quantidade já é tóxica. Já se esse mesmo animal comer 12,9 gramas de chocolate amargo essa também será uma dose tóxica, pois a quantidade de teobromina vai variar nos diferentes tipos de chocolates existentes no mercado. Já um cão de 31,7 kg, para se intoxicar precisa ingerir 2.268 gramas de chocolate ao leite ou 185,8 gramas de chocolate amargo.

A metabolização das metilxantinas no cão encontra algumas particularidades que tornam a sua ingestão altamente perigosa. Sendo um componente altamente lipossolúvel, vai atravessar as barreiras placentárias e hematoencefálica facilmente, sendo absorvida em boa parte do trato digestivo, principalmente estomago e intestino. Uma vez absorvido e distribuído no organismo, no sistema nervoso central vai competir com a adenosina, que é um inibidor pré-sináptico neuromodulador, levando então a excitação. A cafeína estimula diretamente o miocárdio (músculo cardíaco) e o sistema nervoso central, potencializando a excitação causada pela teobromina.

Outra particularidade da teobromina é a sua meia vida, ou seja, o tempo que fica agindo no sangue do animal. No cão a meia vida da teobromina é de 17,5 horas, podendo ficar no organismo por até 6 dias, pois sua eliminação não acontece pelos rins, somente por via hepática.

Em grandes quantidades no organismo do cão, a teobromina vai causar, excitação, hipertensão moderada, bradicardia ou taquicardia, arritmias (contrações ventriculares prematuras), tremores, ofegância, e incontinência urinária. Já a cafeína vai levar a taquicardia, taquipneia, hiperexcitabilidade, tremores e por vezes convulsões.

Os sinais clínicos são: vômito, diarréia, polidipsia e poliúria (bebe mais água e urina mais), náuseas e arritmias cardíacas. Podem apresentar incontinência urinária, hipertermia (aumento da temperatura corpórea) e em casos mais graves coma e morte. Hemorragia intestinal pode ocorrer em alguns casos normalmente entre 12 e 24 horas após a ingestão.

O tamanho do cão também influencia na intoxicação: geralmente a intoxicação é mais comum em animais de pequeno porte, pois há maior quantidade de chocolate disponível em relação ao seu peso corporal. É mais comum também em animais mais jovens e filhotes, pois sua curiosidade natural faz com que ingiram grandes quantidades de alimentos estranhos. As quantidades tóxicas não necessariamente precisam ser ingeridas de uma única vez, já que a teobromina pode permanecer no organismo por até seis dias. 
Em conseqüência disso, doses repetidas em dias sucessivos também podem levar à intoxicação.

Infelizmente não existe antídoto para a intoxicação com teobrominas e então o tratamento deve ser de suporte para os sintomas apresentados. Trata-se de uma emergência médica e a intervenção do Médico Veterinário se faz necessária e na maioria dos casos a internação é recomendada. Se a ingestão for recente (até 3 horas) a indução ao vômito deve ser instituída. Como o chocolate por sua constituição lipídica, tende a ficar “grudado” na mucosa gástrica, a lavagem gástrica pode ser feita, principalmente se a indução ao vomito não for satisfatória ou se já fizer mais tempo de ingestão. A fluidoterapia deve ser instituída para correção de distúrbios eletrolíticos, alem da rehidratação do paciente. O diazepan pode ser usado para diminuir a excitabilidade assim como controle das convulsões; as arritmias devem ser corrigidas e o fluxo urinário deve ser mensurado. O uso de carvão ativado pode diminuir a absorção das teobrominas, diminuindo a sua meia vida.

Caso a ingestão seja de chocolate branco ou um chocolate com baixa concentração de teobromina o que pode ocorrer é somente um quadro gastroentérico (vômito e diarréia) devido a presença de lipídios e nesse caso os sintomas serão mais discretos e o prognóstico poderá ser bom, com uma rápida recuperação do animal, depois do tratamento sintomático.

M.V. Marcelo Quinzani

Fonte:

30/01/2011

Cuidados Com o Cão Portador de Dermatite Atópica


Boa noite, amigos.

O texto a seguir, que me foi fornecido por uma cliente, de autoria da Médica Veterinária Gabriela Machado Garcia, trata de um tipo de alergia que afeta a humanos e cães, a Dermatite Atópica.



Cuidados Com o Cão Portador de Dermatite Atópica

A Dermatite Atópica Canina é uma doença alérgica, de natureza genética, agravada por fatores ambientais. Tais fatores podem ser controlados pela mudança no manejo do paciente, o que pode minimizar e controlar seus sintomas clínicos.

Medidas a serem tomadas para o controle da Dermatite Atópica:

- Manter o cão em ambientes arejados e iluminados;

- A poeira doméstica deve ser removida com aspiradores de pó. O ambiente deve ser higienizado com cloro;

- Evitar que o cão durma debaixo da cama, local onde a concentração de poeira doméstica é grande;

- Usar capas impermeáveis em colchões, camas e travesseiros (tanto dos cães, como dos donos). Se possível, evitar que o paciente durma na cama;

- Remover cortinas, tapetes e carpetes. Quando não for possível, é recomendada a limpeza dos mesmos com vaporeto;

- Restringir o contato do paciente com grama, plantas e etc;

- Evitar que o cão passe muito tempo em ambientes úmidos, como banheiros, áreas de serviço etc;

- Evitar o uso de roupas com tecidos sintéticos ou de lã;

- Dar banhos com água fria e evitar o uso de secador muito quente, para não ocorrer maior ressecamento da pele; o ideal é o uso de sopradores. Usar no banho apenas produtos recomendados por veterinários e evitar o uso de perfumes após ele;

- Nunca tosar o cão alérgico com máquina, mas sim com tesouras;

- A escovação diária dos pêlos é importante para eliminar sujeiras e estimular a circulação sanguínea da pele;

- Fazer o controle intenso de pulgas e carrapatos;

- Oferecer rações balanceadas;

- Evitar alimentar o cão com comidas caseiras, leite e derivados, petiscos etc;

- Criar o hábito de passear com o cão, pois o confinamento gera um estresse no paciente, o que agrava a coceira.

Gabriela Machado Garcia.
Médica Veterinária

03/01/2011

Alterações de Comportamento dos Cães na Volta dos Donos ao Trabalho



Caros amigos e amigas,

Como neste período, entre dezembro e janeiro, muitas pessoas tiram férias, ou tem um período de recesso no trabalho, resolvi escrever este texto para tentar ajudá-los a minimizar os problemas de comportamento dos seus cães, que podem surgir na sua volta ao trabalho.

O que acontece nesta situação é o seguinte: para os cães, qualquer alteração na rotina da casa, como mudança de horários ou hábitos dos donos ou a chegada ou saída de pessoas da casa pode deixar os cães estressados, ansiosos ou inseguros, o que pode gerar problemas de comportamento. Durante as férias ou recesso do trabalho dos donos ou outras pessoas da casa a tendência, salvo quando estes viajam e deixam os cães com outras pessoas, é que passem mais tempo em casa e os cães começam a se habituar a essa nova rotina, que eles adoram, pois nada é mais importante para eles do que a companhia dos donos. Porém, quando este período acaba, os cães sofrem por perderem grande parte da atenção que passaram a ter.

Para evitar este sofrimento dos cães e os problemas de comportamento que podem surgir, devido ao aumento da ansiedade pela expectativa da volta dos donos, estes podem realizar um procedimento simples, para que o cão vá se adaptando aos poucos a sua ausência. 

Cerca de uma semana antes da volta ao trabalho, os donos devem procurar sair de casa por breves intervalos de tempo, que devem ir aumentando aos poucos. Experimentem começar indo até o final do corredor, ou dobrando para o vão entre as escadas, premiando o cão na volta, se ele tiver se mantido quieto, sem latir ou demonstrar algum sinal de ansiedade. Fazer o treino do comando “Fica” na porta, mesmo antes desse treinamento, pode ajudar muito. Quem mora em casa pode realizar o mesmo procedimento, indo até o portão e voltando. Depois que entrar em casa, dê atenção ao seu cão, brinque com ele ou pratique alguma atividade que ele goste. Na próxima vez que sair, que pode ser no mesmo dia ou alguns minutos depois, demore-se um pouco mais (cerca de cinco ou dez minutos) e repita o procedimento anterior. Se o cão tiver demonstrado ansiedade é sinal que você se demorou demais e o treino deve ser feito num ritmo mais lento; se não, continue o treinamento, demorando mais a cada saída e repetindo o procedimento da volta. Com isso seu cão vai entender que você vai sair, mas vai voltar e quando voltar ele vai ser premiado não só pela sua volta, como também com brincadeiras, carinhos, petiscos ou algum outro tipo de premiação que ele goste muito.

Realizando estes procedimentos, você não só vai atenuar o sofrimento do seu cão, como diminuir a chance dele desenvolver comportamentos compulsivos ou outros, como destruir as coisas para aliviar o estresse e até conseguir sua atenção. Eu mesmo fui chamado para resolver o caso de uma Lhasa Apso que, depois da volta da sua dona ao trabalho, depois das férias, adquiriu o hábito de morder os calcanhares das pessoas da casa e visitas, na hora delas saírem, para tentar não deixá-las ir embora e chamar a atenção.

Abraços a todos e um Feliz 2011!